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Proteus não poderia evitar ser tão nobre.
E tu não pudeste evitar traí-lo.
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Mas eu não traí Proteus.
Eu não fugi.
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Ah... mas traíste-o.
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Roubaste o seu único amor.
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Olha para ela Sinbad!
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Ele ainda nem está na campa,
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e tu já te estás a atirar à miúda dele.
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Admite.
O teu coração é tão negro quanto o meu.
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Você está errada sobre ele.
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- Ele sabe que não estou.
- Você não sabe o que lhe vai no coração.
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Ah sim... eu sei.
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E, mais importante,
ele também sabe.
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No teu coração sabes
que o Proteus vai morrer.
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Porque ele viu algo em ti
que não existe.
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- Não.
- Queres apostar?
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Sabes que mais?
Vamos fazer um jogo.
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E... se ganhares,
eu dou-te o Livro da Paz.
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Aí está ele, nobre herói.
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Não tão rápido.
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O meu jogo tem regras, Sinbad.
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Vou fazer-te uma pergunta.
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Uma pergunta simples.
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Se responderes a verdade...
o livro é teu.
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Dê-me a sua palavra.
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Ainda não confias em mim?
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Ehhh... não.
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É uma pena que vivemos
num mundo tão desconfiado.
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Bom... está bem...
tens a minha palavra de deusa.
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Justo?
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- Faça a sua pergunta.
- Excelente.
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Todos nós sabemos o que acontece
se recuperares o Livro da Paz.
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Regressas a Siracusa e salvas o Proteus.
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Mas se não recuperares o livro,
tens uma escolha a fazer.
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Ou vais para um paraíso
com a rapariga dos teus sonhos...
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Ou regressas a Siracusa para morrer.
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És um ladrão,
ou então um herói.