:31:00
- Está a querer dizer que foi você?
- Sim, matei-a.
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Sente-se.
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Detestava-a por se ter intrometido
entre os meus pais.
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Ela impedia-me de ver o meu pai.
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Fui perguntar-lhe onde é que ele estava,
ela não me disse e alvejei-a.
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- Quantas vezes?
- Uma ou duas.
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- Onde lhe acertou?
- No coração.
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- O que fez ela?
- Caiu.
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- Gritou?
- Sim.
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Caiu para que lado?
:31:28
Para trás.
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- Está a tentar proteger quem?
- Nick...
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Espere lá. Ela foi atingida quatro vezes,
caiu de cara,
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não pode ter gritado,
pois morreu instantaneamente.
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- Quem acha que foi?
- Não sei.
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- Onde arranjou a arma?
- Numa loja de penhores.
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- Isso é outra mentira?
- Não, é a verdade.
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Nick.
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Desculpe.
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- Não seja tola. Beba isto.
- Não, obrigada.
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- Quer ir à casa de banho?
- Fá-la tomar isso.
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- Onde arranjaste isso?
- Ela trouxe-a.
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- Para tentar convencer-me da sua culpa.
- Que farás com isso?
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Nada, até saber se é a arma
que matou a Julia Wolf.
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Mantém-na aqui.
Não deixes que os repórteres a vejam.
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Podem acreditar nela.
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Não é a Dorothy Wynant?
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É. Esperem lá.
Ela não sabe nada sobre o caso.
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- Disse que não trabalhava no caso.
- E não trabalho.
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- Olá, mãe!
- Dê-me isso, ouviu?
:32:30
- Espere, é de São Francisco. Olá, mãe.
- Saia da linha, quero falar de trabalho.
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Telefonista, ligue-me a Drydock 4-8000.
:32:36
Não faça isso. Não diga ao jornal
que estou a trabalhar, porque não estou.
:32:40
Está só a trabalhar naquela rapariga.
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Quero falar com a minha mãe.
:32:45
- Bem-vinda a...
- Nick.
:32:47
Quero falar-lhe
sobre algo muito importante.
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- Sim, parece um congresso. Entre.
- Não.
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- Trouxe os patins?
- O quê?
:32:54
Toca a andar.
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Vamos para...
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Não, vamos para aqui...
Se não se importar...