:00:18
Desculpe, meu capitão.
:00:20
Pensei que havia um japonês à solta
no navio.
:00:23
Era o Sr. Raymond.
:00:30
Que sucedeu ao movimento democrático
no Japão depois da úItima guerra?
:00:34
- Os líderes foram assassinados.
- E as pessoas?
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Não têm voz.
Há muita fome, não é?
:00:40
É verdade. Um bom ordenado
são sete dólares por semana.
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Não há sindicatos,
nem imprensa independente.
:00:45
- Fazem o que lhes mandam.
- E acreditam no que lhes dizem.
:00:48
Como o herói
que matou o vosso torpedeiro.
:00:51
- Foram enganados e acreditaram.
- Como sustentam as famílias?
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Não conseguem. As filhas dos pobres
são vendidas às fábricas - ou pior -
:01:00
aos 12 anos.
:01:02
As mulheres só servem para trabalhar
ou ter filhos.
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Os japoneses não percebem
o nosso amor pelas mulheres.
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Nem sequer têm palavras para isso.
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Estou a detectar algo à popa,
meu capitão. A 180º.
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- Alto. Subir periscópio.
- Tudo parado.
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Parece um cruzador a chegar
acompanhado de contratorpedeiros.
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É um cruzador pesado, regressa coxo
e ajudado por contratorpedeiros.
:01:45
- Baixar periscópio.
- Já deu o que tinha a dar, meu capitão?
:01:48
Não, ainda tem muito para dar.
É a nossa passagem.
:01:55
- Distância ao cruzador, sonar.
- 3,800 metros.
:01:58
Devem vir aí rebocadores.
Avante para a entrada da baía de Tóquio.