:06:06
E, depois, uma multidão de
carantonhas começaram a juntar-se.
:06:10
Depressa, depressa, depressa
Depressa, depressa
:06:13
Isso é um bocado alto para mim
:06:15
Pode descer uma oitava?
:06:17
Depressa, depressa, depressa,
Depressa, depressa
:06:20
Afasta-te ralado, ralado, ralado
:06:25
Uma vez ou outra, mano
:06:28
Todos ficam de costas contra a parede
:06:32
A vida não são rosas
Isso é certinho
:06:35
Os reis são depostos e as nações caem
:06:39
Ricos, pobres, chefes índios
:06:41
Um índio canhoto, este miúdo.
:06:43
Incluo-os a todos
Simplórios, tolinhos, todos vocês
:06:50
Se não aproveitarem
A minha mezinha
:06:55
Amigos, tenho aqui na minha mala
:06:58
mezinhas, panaceias,
unguentos, óleos e águas curativas.
:07:02
O que é que disse, filho?
Diz que a mala está vazia?
:07:07
Filho, a mala está cheia.
:07:09
Estás só a olhar para isto,
tens a visão nublada.
:07:13
O que é que disse?
Não vê nada?
:07:16
Não há truque em acreditar no que vê.
:07:19
O truque está em crer
naquilo que não se vê.
:07:23
É preciso visualizar
o que não se percebe.
:07:26
Aqui está um raio de luar
Que deseja espreitar
:07:30
Aqui está o canto alegre
Que o azulão partilha
:07:34
Aqui está uma noite tropical
Para ir dormir
:07:38
Avancem e experimentem
As minhas mercadorias
:07:43
Todos os produtos que estão na mala
pertencem-lhes como pertencem a mim.
:07:48
Aqui está a lua de prata
De lá de cima do céu
:07:52
E os anúncios esmeralda prado
:07:55
Que riqueza de tesouro
Existe para partilhar
:07:59
É meu, é teu