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Demasiadas orelhas
atam a língua duma ratazana.
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Vão-se todos.
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Então? Quem o matou?
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Sou um homem pobre, generoso Senhor.
O que trago vale muito.
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Paguei-te muito,
e não me trouxeste nada.
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Agora trago-te o mundo,
ó verdadeiro filho do Faraó.
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Ofereces-me o mundo,
e nem o salvador me trazes.
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Quem matou Baca?
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- O salvador.
- Fazes jogos de palavras comigo?
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Não, meu Príncipe.
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E este assassino fugiu
para alguma terra longínqua?
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Não, Senhor Príncipe.
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O seu nome!
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Aquele que se fez
príncipe e juiz sobre nós.
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Se ele soubesse que estou aqui,
matar-me-ia como matou o egípcio.
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Quem te enforca sou eu,
se continuas a enfastiar-me.
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Há quem muito me pagasse pelo que vi.
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Regateias comigo, como no mercado?
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Não regatearei. Toma o teu dinheiro.
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Mas por dez talentos de ouro fino,
dar-te-ei a riqueza do Egipto.
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Dá-me a minha liberdade,
e eu dar-te-ei o ceptro.
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Dá-me Lilia, e eu dar-te-ei
a princesa que o teu coração deseja.
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Dá-me esta casa,
e eu dar-te-ei o trono.
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Dá-me tudo o que peço...
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ou dá-me dispensa.
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Dar-te-ei mais que dispensa.
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Enviar-te-ei para onde pertences.
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Onde pertenço é ao teu serviço,
ó Glorioso.
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Muito bem.
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Negociarei contigo.