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Desculpa, Varinia.
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Não devemos lamentar-nos para sempre.
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Eu não estou a lamentar.
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Estou a recordar.
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Eu interfiro
nas tuas recordações?
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Não.
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Saltas a escarpa
entre verdade e insulto...
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com a agilidade
de uma cabra montes!
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De que te lembras
quando pensas em Spartacus?
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Não te aflige,
falar nele?
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Não.
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Bem, então...
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que tipo de homem era...
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realmente?
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Era um homem
que começou sozinho...
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como um animal.
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Contudo, no dia em que morreu...
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milhares e milhares
morreriam de bom grado em seu lugar.
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O que era ele?
Um deus?
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Não era um deus.
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Era apenas um homem.
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Um escravo.
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Eu amava-o.
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Era um fora-de-lei!
Um assassino!
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Um inimigo de tudo de bom
e decente que Roma criou!
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Maldita sejas! Diz-me.
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- Por que o amavas?
- Não te posso dizer.
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Não te posso dizer coisas
que nunca conseguirás entender.
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Mas eu quero entender.
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Não percebes?
Tenho que entender.
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Tens medo dele,
não tens?