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Ele admite que é cristão e que incendeia
a cidade para iniciar um novo reino.
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O único homem sincero entre vós.
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Quem és tu? Nunca te vimos antes.
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É verdade?
Estavas a incendiar um armazém?
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Sim.
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-Nunca te vimos antes.
-Quem és?
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Chamo-me Barrabàs.
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-Barrabàs, o ladrão.
-Barrabàs, o absolvido.
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Não fomos nós que incendiàmos a cidade.
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Não é assim que nascerà o novo reino.
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Enganaste-te.
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Quem és tu para me dizeres
que estou enganado?
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Hà muitos anos, falàmos um com o outro.
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Lembras-te?
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Não.
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Perguntaste-me porque fazia uma rede
tão longe do mar.
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Jerusalém.
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A rua dos oleiros.
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Estavas enganado naquela altura
e agora também.
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Não incendiàmos a cidade.
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Fizeste o trabalho do animal selvagem,
o imperador.
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-És um lunàtico?
-O fogo era dele, seu palerma, não de Deus.
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Porque é que Deus não é claro?
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Que aconteceu a todas
as boas esperanças?
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Às trompetas, aos anjos?
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A todas as promessas?
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Vi sempre acabar tudo da mesma maneira,
com tormentos e mortos,
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sem nada de bom.
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Tudo para nada.
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Achas que eles nos perseguem
para nada destruírem?
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Ou achas que o que te desgastou a alma...
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durante vinte anos, não foi nada?
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Cristo não morreu por nada.
A humanidade não é nada.