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Meu senhor.
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Artemísia. Ao menos tu deves
trazer-me boas notícias.
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Quem me dera.
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- Estás ferida?
- Não. Eu estou bem.
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Mas a tua armada teve tanto sucesso
como o teu exército.
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E três dos meus navios afundaram-se.
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Até os deuses conspiram contra mim.
Os navios hesitam, o exército revolta-se...
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Apanhados pelo medo que se espalha como
uma praga por todo o acampamento.
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- O que é que eu faço?
- Pára estes ataques sem sentido,
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que os gregos tornam em vitórias,
desmoraliza os nossos homens.
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Mais um dia como este
e o teu próprio exército destrói-te.
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Tens que parar esta guerra.
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Com dois dos meus irmãos assassinados?
E Leonidas no desfiladeiro?
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Eu jurei destruí-lo.
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Isto é culpa do Hydarnes.
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Quando os imortais falharam,
todos os outros perderam coragem.
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Coragem. Sim.
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Eu arranco-lhe o coração.
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Mando que lho arranquem
e mo tragam numa travessa.
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Não. Será admitir derrota.
Tive uma ideia melhor.
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- O que é?
- Nem o melhor rei pode desafiar os deuses.
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Diz aos teus homens que tiveste uma
mensagem dos céus para regressar à Pérsia.
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Isto salvaria a tua honra,
e reafirmava as tuas origens divinas,
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e privava o Leonidas da sua vitória.
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Era um dia escuro,
quando a primeira mulher veio ao mundo.