:12:02
A senhora é cristã!
:12:04
- Com certeza que sim.
- E então?
:12:07
Se é para a igreja,
há aqui muita coisa. Entre.
:12:09
Obrigada.
:12:14
Tenho aqui todas as coisas dela.
Soube da minha irmã?
:12:17
Sim, pobre senhora.
:12:19
Sempre pensei que teria um mau fim,
um fim teatral.
:12:22
Palavra? Pensei que ela fosse
empregada de bar.
:12:24
Sim, mas foi actriz.
:12:28
Foi aí que ele a matou,
com as mãos.
:12:31
Com luvas!
:12:32
No fim de contas,
vai dar ao mesmo. Por aqui.
:12:35
Aquela mulher estava
sempre a arriscar-se.
:12:38
Deixou -lhe a sua casa?
:12:40
Nem teve tempo
de redigir o testamento.
:12:42
Pois não, parece que não.
:12:45
Mas não posso condená-la,
a minha própria irmã.
:12:48
Sempre somos do mesmo sangue,
não é verdade?
:12:50
Aqui estão todas as coisas dela,
nada de valioso.
:12:52
Talvez também tenha comprado isto
numa venda de igreja.
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Jurava que estes caudas de rato
eram pele de marta.
:12:58
Veja este casaco.
Nem morta o vestiria.
:13:02
Não sei porque vestia estes trapos,
se tinha todo aquele dinheiro.
:13:05
Era uma desavergonhada.
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Lembro-me de quando era pequena.
Sempre quis ser actriz.
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Actriz, imagine!
:13:17
Era má, sabia? Má!
:13:20
Tenho um pouco de reumatismo.
Acho isto benéfico.
:13:24
- Palavra?
- Sim.
:13:31
Tente esfregar óleo de linhaça
e vinagre nas articulações.
:13:33
- Faz de mim uma nova mulher.
- Terei isso em consideração.
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Deve ser o senhor dos seguros,
para vir entregar o dinheiro...
:13:40
Eles não gostam
quando o imprevisto acontece.
:13:43
Persistência, Sr. Stringer.
Persistência, pé na porta.
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- Espero que traga em dinheiro.
- Trago o quê?
:13:52
Não quero os mesmos problemas
do que quando o meu John faleceu.
:13:56
- Não percebo.
- O senhor não é da seguradora?