:33:00
Sargento, de certeza que ouviu bem
o que Miss Marple disse?
:33:04
Sim.
:33:06
Importa-se de entrar, Miss Marple?
:33:12
Quase que empatávamos, sargento.
:33:19
Por favor, sente-se.
:33:22
Muito bem, Miss Marple,
vamos supor, e supor apenas,
:33:27
que a Sra. McGinty
chantageava um dos actores.
:33:30
Vamos dizer
que foi esta a carta enviada.
:33:33
Foi mesmo, Inspector.
:33:35
Como estava ao lado da garrafa
de uísque no camarim do George,
:33:39
ela deve ter-lha enviado.
:33:41
Isso passa-nos logo pela cabeça.
:33:43
- Então ela estava a chantageá-Io.
- Parece que sim.
:33:46
Se tiver razão naquilo que diz,
ele matou -a.
:33:51
Aparentemente, sim.
:33:53
Supomos, num tardio caso de remorsos,
que ele se envenenou?
:33:57
- Talvez.
- Ou que alguém o envenenou?
:34:02
De novo, talvez.
:34:05
Inspector, posso fazer-lhe
uma pergunta?
:34:08
Faça favor.
:34:10
Se tivesse apenas descoberto a carta
no camarim da vítima
:34:14
e nada mais soubesse,
quais seriam as suas conclusões?
:34:18
Que ele estava a ser chantageado
e que tinha decidido acabar com tudo.
:34:23
Pois, foi o que eu pensei.
:34:27
A carta pode ter sido deixada
de propósito, para pensar isso.
:34:33
Miss Marple, foi um dia difícil.
O que está a sugerir agora?
:34:38
Estou a sugerir que o assassino
da Sra. McGinty
:34:42
e o de George Rowton
é a mesma pessoa.
:34:48
Quem matou George Rowton,
ainda não sei... Mas hei-de saber.
:34:52
Quanto a quem matou
a Sra. McGinty, sei.
:34:55
Está detido na Prisão de Milchester,
A aguardar um novo julgamento,
:34:58
necessário devido á teimosia
de um certo membro do júri.