:16:01
Dizia que veio para cá
para viver.
:16:03
Sim. Nos primeiros seis meses
estudei depravaçao.
:16:09
A sério?
:16:10
Sério. Nunca me deitei
antes das oito da manha.
:16:14
Nem sei quantas chávenas
de café venenoso bebi.
:16:18
Na altura nao bebia, foi difícil
entrar completamente no espírito.
:16:22
A depravaçao pode ser maçadora
quando nao se fuma ou bebe.
:16:26
Mas deve-se
tentar crescer.
:16:28
E o tipo do Dia da Bastilha,
faz parte do crescimento?
:16:32
Nao, é apenas um amigo.
Um jovem actor.
:16:35
Um actor?!
:16:39
Para começo,
é um relacionamento trágico.
:16:42
É daqueles do 'Método' que se
coçam, comem as palavras e pausam?
:16:47
Destroem o ritmo
á prosa do autor.
:16:51
Nao, é um tanto intenso
mas muito divertido.
:16:54
Pois, bem...
:16:58
Você e este actor, que pensam
fazer no Dia da Bastilha?
:17:03
Passaremos o diajuntos.
Pequeno-almoço num café,
:17:07
e dançar
duma ponta á outra de Paris.
:17:10
Ópera ás cinco, ver os
guardas e ouvir a Marselhesa,
:17:14
ir a Montmartre
ver o fogo de artifício,
:17:16
e depois cear,
champanhe e, sabe, viver.
:17:20
- Gosta mesmo disso, nao gosta?
- De quê?
:17:23
Da vida.
:17:24
Sempre que acordo
e vejo um dia novo,
:17:28
enlouqueço.
:17:33
Tenho uma ideia.
:17:36
Uma boa ideia!
A primeira em 4 meses.
:17:38
Nao, a segunda, pensei em
deixar de beber... nao era viável.
:17:42
Esta poderia ser boa.
Mesmo muito boa.
:17:45
A simples história
duma mulher de rua parisiense,
:17:48
e como ela passa o 14 de Julho.
Passa-se num só dia.
:17:52
Tenho dois dias para o escrever.
Abertura. Exterior, Paris.
:17:56
A história
começa cedo no Dia da Bastilha.