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O nosso atraente casal,
numa bela carruagem,
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passa por cascatas e árvores,
dirigindo-se
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a um magnífico restaurante.
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Repare, na inteligência
do desenrolar
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deste melodrama de suspense,
contra um fundo
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de fortuitidade festiva
na alegre Paris.
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Pouparemos os espectadores
á maçadora conversa miúda
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e passaremos
ao fundo da questao,
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através daquele simples artifício,
a cena que se dissolve.
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Quem é?
Que faz?
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Quem sou e que faço?
Sou um nada,
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fiz de tudo
e de nada.
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Conduzi automóveis de corrida,
fui caçador,
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toquei piano
num curioso local de Buenos Aires.
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lsto e aquilo,
tudo e nada.
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A maldiçao
de ter nascido demasiado rico.
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Bem sei. A maldiçao
de ter nascido demasiado rica.
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Foi por isso que deixei o castelo
e vim para Paris.
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O castelo?
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Temos casas no mundo inteiro,
mas a preferida
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era a de Verao, em Deauville,
com o zoo privado.
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Se me tivesse portado bem,
aos domingos alimentava as girafas.
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Girafas? Nao diga
que também tinha girafas?
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- Quer dizer que...?
- Claro.
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Que divertido!
Ambos tivemos girafas.
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O mundo é pequeno,
nao é?
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Voilà! Madame. Monsieur.
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- Ao Rick.
- Á Gabby.
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Posso sugerir...?
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Prefiro
escolher eu mesmo.
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Como entrada,
fatias finíssimas de presunto
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cuidadosamente embrulhadas
á volta de melao persa bem maduro.