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Ó, insensível Deus! Por que repousas
com o miserável, sobre leitos...
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repugnantes e abandonas a cama real
como se fosse o sentinela do alarme?
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Vai até os altos mastros para
fechar os olhos do grumete,...
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e balançar vossa cabeça no berço
como ondas imperiais,...
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e com a visita do vento, que
impulsiona as ondas até o topo...
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e as suspendem com gritos
ensurdecedores em esconderijos...
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incertos que com o tumulto
despertam a própria morte?
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Podes, ó, parcial sono,...
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dar teu repouso em hora tão rude,
ao grumete encharcado,...
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e na noite mais serena
e tranqüila,...
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entre as comodidades
e o luxo,...
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irá negá-lo a um rei?
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Bem, pobres felizes.
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Repousai...
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inquieta encontra-se a cabeça
de quem leva a coroa.
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Perante Deus, estou
excessivamente cansado.
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Isso é possível?
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Pensava que o cansaço não
desafiava aquele de sangue real.
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A mim sim, e isso mancha
o caráter de minha realeza.
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- Deus o abençoe, Príncipe.
- E a você, meu nobre Bardolph.
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- Como está, mestre?
- Fisicamente, bem.
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"Sir John Falstaff, fidalgo,
ao filho do rei...
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Henrique, Príncipe de Gales,
saudações.