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como um louco.
Sim, como um louco.
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Vidro sobre vidro, porque não
sou capaz de corrigir nada...
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e ninguém deve perceber.
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Um sinal pintado
num vidro...
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corrigir sem sujar...
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um sinal pintado antes
num outro vidro.
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Mas todos devem acreditar...
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que não se trata do
ato de um incapaz...
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de um impotente.
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Absolutamente. Mas que se
trata de uma decisão segura...
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sólida, elevada e
quase prepotente.
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Ninguém deve saber que um
sinal dá certo por acaso.
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"Por acaso" é horrível.
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E basta um sinal dar
certo por milagre...
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e é preciso imediatamente
protegê-lo, conservá-lo...
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como uma tela.
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Mas ninguém deve perceber.
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O autor é um pobre idiota...
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um medíocre...
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vive no acaso e no risco...
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desonrado como uma criança.
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Reduziu sua vida à
melancolia e ao ridículo...
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de um ser que sobrevive
degradado, sob a impressão...
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de ter perdido alguma
coisa para sempre.