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Ajudo a Anna com a cozinha.
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A seguir ao jantar, passeio o cão, ou leio,
vejo TV, se houver um bom documentário.
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- E ás vezes jogamos Monopólio.
- Monopólio. Que divertido.
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O meu cunhado joga muito bem,
mas faz batota.
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E aos sábados,
levo os meus dois sobrinhos á cidade.
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Vamos ao jardim zoológico ou ao parque.
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Que faz nas suas férias?
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É aí que me torno uma pessoa diferente:
independente, aventureira.
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- Carrego o meu pequeno Volvo...
- É um bom carro.
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É em segunda mão.
Escapo e guio até Cape Cod.
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- Sozinha?
- Sim. Só eu, as minhas tintas e o Max.
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- O Max?
- O cão.
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Durante as duas semanas,
uso calças de ganga, ando descalça...
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e pinto imenso.
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E a sua vida privada? Refiro-me a...
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- Refere-se a homens?
- Sim.
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- De momento, não há homens.
- Mas tem havido?
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Não sou uma deusa do sexo,
mas não passei a minha vida numa árvore.
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Fui casada quando era muito nova,
mas não resultou.
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- Casada? Não fazia ideia.
- Ele também não.
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E uma vez estive muito apaixonada.
Durou muito tempo, mas...
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- Mas?
- Ele não podia deixar a mulher.
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- Também ele.
- Que quer dizer com isso?
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Nada. Estava a pensar
num caso semelhante.
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Neste trabalho,
só se conhecem homens casados.
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Suponho que os solteiros
têm todos bons dentes.
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Realmente, não tencionava
tornar-me numa solteirona.
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Solteirona? Que disparate.
Ainda tem muito para viver.
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Falei muito,
tenho medo de chegar tarde para jantar.
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Menina Dickinson.
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Ainda bem que tivemos esta conversa.
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É uma pessoa muito singular:
Sensível e generosa.