Ultimo tango a Parigi
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Um plátano e um castanheiro.
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Depois da missa aos Domingos,
Costumávamos sentar aqui,

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cada um debaixo da sua árvore.
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Era maravilhoso.
Sentávamo-nos olhando-nos fixamente.

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Não são belas as minhas árvores?
Eram a minha selva.

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- Que estás a fazer?
- Estava a cagar.

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Não, estávamos a fazer cocó.
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- Vergonha, a fazê-lo na minha selva!
- Cuidado! Foge!

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Oh, estes árabes porcos!
Vão cagar para o vosso país!

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Continue a filmar. Continue filmar!
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Não pare, o que quer que faça!
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- Conseguiste apanhar?
- Tudo.

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Olympia era notável. Dá uma ideia de
relações raciais nos subúrbios de Paris.

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É uma autêntica selva aqui.
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Então, fala-me do teu pai.
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- Pensei que tínhamos acabado.
- Cinco minutos.

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- Vou ver alguém para trabalho.
- Mas o coronel...

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O coronel tinha olhos verdes
e botas brilhantes.

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Eu venerava-o.
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Ele era tão bonito de uniforme.
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Que monte de lixo.
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Quê? Não...
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Todos os uniformes são uma treta.
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Tudo fora daqui são tretas.
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Mais, não quero saber das suas
histórias, sobre o passado, e tudo isso.

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Ele morreu na Argélia em "58.
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Ou "68 ou "28 ou "98.
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"58. E não brinco com isso.
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Ouça, porque não pára de falar
sobre coisas que não importam aqui?

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Qual é a diferença?
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Está bem.
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Então que tenho para dizer?
Que faço?

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Vamos o Bom Navio...
:43:59
Chupa-chupa.

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