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uma vez estava vestido
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para sair com uma rapariga
para ir a um jogo de basquetebol.
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E ia para sair e o meu pai
disse, "Tens de ordenhar a vaca."
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Eu disse, "Não se importa de o fazer?"
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E ele disse, "Não, mexe esse cu."
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Por isso saí à pressa e
não tive tempo de mudar de sapatos.
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E tinha os sapatos cheios de bosta.
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E à ida para o jogo de basquetebol,
o carro tresandava.
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Não sei.
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Lembro-me pouco de boas coisas.
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Nem uma?
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Sim. Algumas.
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Havia um agricultor, um tipo porreiro.
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Velho, muito pobre,
e trabalhava mesmo muito.
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Eu trabalhava numa vala,
drenando terra para a quinta.
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E ele usava fato de macaco
e fumava um cachimbo de barro.
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Metade do tempo
não punha tabaco no cachimbo.
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E eu odiava o trabalho.
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Fazia calor, a sujidade e...
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dava cabo das minhas costas.
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E...
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todo o dia via o cuspe dele
que corria pelo cano
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e ficava no colector do cano.
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E costumava apostar comigo mesmo
para ver quando o cuspe caía.
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E perdia sempre.
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Nunca o via cair.
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Olhava para o lado e desaparecia
e depois já lá estava outro.
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E depois tínhamos uma bela...
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A minha mãe...
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Ensinou-me a amar a natureza.
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E...
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Acho que era o melhor que sabia.