Ultimo tango a Parigi
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Sou eu outra vez.
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Acabou. Acabou.
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Acabou, depois começa de novo.
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O que começa de novo?
Não entendo mais nada.

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Não há nada para entender.
Deixámos o apartamento.

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Agora começámos de novo
com o amor e o resto.

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- O resto?
- Sim, ouça.

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Tenho 45.
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Sou viúvo.
Temos um pequeno hotel, uma entulheira.

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Mas não é bem uma pensão barata.
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E... costumava viver à minha sorte,
e casei.

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A minha mulher matou-se.
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Mas sabe, que se lixe.
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Não sou... nenhum prémio.
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Apanhei um esquentamento
quando estava em Cuba em 1948

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e agora tenho uma próstata do
tamanho de uma batata gigante.

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Mas ainda sou um homem com boa verga,
mesmo que não possa ter filhos.

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Vejamos.
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Não tenho terra por onde pisar.
Não tenho amigos.

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Suponho que se não a tivesse conhecido,
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Provavelmente ficaria
com uma cadeira dura e hemorróidas.

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Assim, para fazer uma longa
história chata ainda mais chata,

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vim do tempo em que um gajo como
eu cairia num lugar destes

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e engatar uma jovem como você...
e chamar-lhe bimba.

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Lamento ter-me intrometido
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mas estava tão siderado pela sua beleza
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que pensei poder-lhe oferecer
uma taça de champanhe.


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