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Se vencer, você é alguém.
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O que fez é impresso.
Vai para o jornal.
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E quando é impresso,
não é falatório. É real.
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De repente, todos o conhecem,
ou querem conhecer.
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Estranhos o cumprimentam.
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"Prazer em conhecer.
Tome algo."
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"Pegue um charuto.
Essa é minha esposa."
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Todos são
amigáveis e receptivos.
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E tenho fome de ser
bem recebido.
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Não tem família?
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Ele.
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Conhece os cavaleiros.
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Se inscrevem, cavalgam milhares
de quilômetros, deixam marca...
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são pagos e se mudam.
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Outra rodada, outra corrida.
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Contratado, demitido
e segue em frente.
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Isso nunca me incomodou.
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Nem a mim, quando era
30 anos mais moço.
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Já garimpou?
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Já fez trabalho sujo?
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Já procurei ouro, prata,
chumbo, mercúrio.
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Cavei mais buracos
que todo um exército de roedores.
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Nunca cavei um salário
de um dia decente.
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Deus, o que não tentei?
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Entregador da Pony Express.
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Motorista da Overland Stage.
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Jurista, apostador, pescador,
rancheiro, vaqueiro...
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"barman", cuspidor, velho.
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Nada muito memorável.
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Claro, nada muito
vergonhoso também.
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Ninguém vê utilidade num velho.
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Não posso culpá-los.
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É por isso que vou me dar
essa corrida do jornal.