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Eu é que lhe pago a análise,
ela avança imenso e eu lixo-me.
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Sinto-me culpada, porque é
o Alvy que paga as sessões.
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Portanto, sinto-me culpada
se não vou para a cama com ele.
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Mas se vou,
é contra aquilo que sinto.
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Ela avança e eu não.
O progresso dela impede o meu.
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Às vezes acho que devia
era viver com uma mulher.
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Não posso crer!
Então vocês nunca snifaram coca?
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Eu sempre quis tentar.
Mas o Alvy é muito critico.
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Não me culpes a mim. Não quero
meter buchas de pó branco no nariz.
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Há a membrana nasal.
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- Nunca experimentas nada de novo.
- Como é que podes dizer isso?
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Disse-te que tu e eu e aquela do teu curso
podiamos ir para a cama os três.
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- Isso é perverso!
- É perverso, mas é novo.
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Não disseste que não podia ser perverso.
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Anda, Alvy.
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Faz um favor ao teu corpo.
Experimenta.
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É com certeza divertido,
os Incas faziam-no.
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E eles eram de morrer a rir.
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Vá lá. É uma experiência.
E tu és escritor.
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É da melhor. Trouxe-ma
um amigo da Califórnia.
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Ah, sabem, vamos â Califórnia
para a semana.
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Incrivel. Estou excitadissimo.
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A conselho do meu agente,
vendi-me e vou aparecer na televisão.
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Não é nada disso.
Vai entregar um prémio num programa.
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Até parece que vais violar
algum preceito moral.
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E temos de ir na semana do Natal,
o que é uma chatice.
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Olha, quando estiveres na Califórnia
podes arranjar-me coca?
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Claro, com certeza.
Trago-ta no salto oco da minha bota.
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Já agora, quanto é que isto custa?
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É para ai a 2000 dólares a onça.
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Sério? E qual é o gozo disto?
Porque eu nunca...
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Nunca me senti tão calmo como
desde que me mudei para cá, Max.
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Tens de vir a minha casa. Ao lado da do
Hugh Heffner. Ele empresta-me o jacuzzi.