:19:01
Quero ter filhos.
:19:03
Como?
:19:06
É o direito de todo homem,
ter filhos se ele quiser.
:19:08
- Mas não pode ter filhos.
- Não me oprima.
:19:11
Não estou a oprimir,
não tem útero.
:19:15
Onde está o ovário
que fará a gestação?
:19:17
Vai gerá-lo numa caixa?
:19:22
Tenho uma ideia.
:19:24
Supondo que se aceite o facto
de ele não poder gerar filhos.
:19:26
Não ter um útero não é culpa
de ninguém, nem dos Romanos,
:19:30
mas ele poderá sempre ter
o direito de ter filhos.
:19:33
Boa ideia, Judith.
Devemos lutar contra os opressores...
:19:35
pelo direito de você
ter filhos, irmão,
:19:37
- Irmã. Desculpe.
- Para quê tudo isso?
:19:40
Para quê lutar pelo o
direito de ter filhos...
:19:43
quando ele não
pode gerar filhos?
:19:47
É um símbolo da nossa
luta contra a opressão.
:19:52
Ou talvez, um símbolo da
luta contra a realidade.
:20:03
É muito perigoso lá fora.
:20:25
Narizes de moluscos.
Pássaros vivos.
:20:29
- Tem amendoins?
- Não, não tenho.
:20:32
Tenho narizes de moluscos,
pássaros vivos...
:20:35
- Nariz de molusco?
- Não quero esse lixo Romano!
:20:37
- Porque não tem comida normal?
- Comida normal?
:20:41
Sim, e não esses petiscos
ricos imperialistas.
:20:43
Desculpe, mas não pedi
para vender estas coisas.
:20:46
Tudo bem.
Dê-me um nariz de molusco.
:20:48
- Outro para mim.
- São dois.
:20:51
- São da Frente Popular Judaica
- Vá à merda!
:20:54
- Como?
- Frente Popular Judaica!
:20:57
Nós somos da
Frente Judaica Popular!