:28:02
Apalpar-te? O quê?!
:28:04
Sabes bem que o fizeste.
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Juro que nunca lhe toquei.
:28:08
Bem, näo nasci com a tua mäo
nas minhas partes baixas.
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Enid, ajuda-me.
:28:13
Diz-lhes que eu nunca faria
uma coisa dessas.
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- Vamos deixar isso para a Polícia.
- Vic, ela näo faz o meu género.
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Enid, diz ao Earl que ele terá
uma hipótese de se defender.
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Acho que já percebes
por que temos de sair.
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Sei que tinhas boas intenções.
Näo tinhas?
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Podíamos ter tido
uma relaçäo maravilhosa.
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Mas depois,
como Arthur Bremer disse:
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"Quantas coisas resultam bem
neste mundo de loucos?"
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Ramona, vamos embora.
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Vamos, antes que ele
se torne perigoso.
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- Pensei que podia defender-me!
- Mais baixo, Earl.
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Tens medo de incomodar os vizinhos?
Estes säo os malditos vizinhos!
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Acalma-te, Earl.
Näo vou levar-te a tribunal.
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Isso seria o início de uma guerra.
E nós näo queremos uma guerra,
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especialmente porque viveremos aqui,
ao vosso lado, durante muito tempo.
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Juro por Deus, Enid,
talvez tenhamos de nos mudar.
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Eles säo pessoas
muito estranhas.
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Sabes quando, cinco minutos depois
de conhecermos alguém,
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já sabes tudo sobre
essa pessoa?
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O que faz, o apelido.
Mas näo sabemos nada deles.
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- E depois?
- Por que näo disseste algo?
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Estiveste em casa, todo o tempo
em que ela esteve aqui.
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Para além disso, sabes quanto tempo
demora a apalpar bem alguém?
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Näo, quanto tempo demora, Earl?
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Estás a dizer que acreditas nela?
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Enid, sou o mesmo homem
que conheces há 16 anos.
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Eu sei.
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Mas que raio se passa aqui?
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Ele entra por aqui
e tu dizes: "Olá, Vic."
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- Como sabias o nome dele?
- Ele passou por cá, esta tarde.
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Näo tive oportunidade de te dizer.
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- Podias ter-me dito no carro.
- Nós nunca falamos no carro.
:29:57
Hoje, podias ter aberto
uma excepçäo.
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Aquela casa, aqui ao lado,
está vazia há seis meses,