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Suponho que o Padre Anselmo...
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vos tenha explicado
o motivo da minha visita.
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Sim, disse que queríeis
reconciliar-vos comigo,
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antes de iniciar a instruçâo com ele.
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É correcto.
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Mas nâo vejo motivo para
uma reconciliaçâo formal.
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Nâo.
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Quando, como dissestes, vos insultei...
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e me haveis tratado
com um desdém inqualificável...
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Desdém?!
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Partistes de casa de minha tia
a meio da noite.
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Recusai-vos a responder
ou a receber as minhas cartas.
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Tudo isto, após ter demonstrado
um controlo...
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que ambos reconhecemos.
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Eu chamo a isto, no mínimo, desdém.
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Estou certa que me compreendeis
melhor do que fingis, Senhor.
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Era de mim que fugíeis, nâo era?
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Tinha de partir.
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E deveis afastar-vos de mim?
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Sou tâo infeliz
como porventura desejáveis.
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Só desejei sempre a vossa felicidade.
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Como poderei ser feliz longe de vós?
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Devo possuir-vos, ou morrerei.
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Que seja a morte.
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Lamento, Senhora.
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Com este encontro,
apenas desejava o vosso perdâo...
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pelos males de que me acusa,
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para poder acabar os meus dias
em paz de espírito.
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Pensei que aprováveis a decisâo
que o dever me impôs.
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Sim.
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E essa decisâo determinou a minha.
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E qual é?
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A única capaz de pôr fim
ao meu sofrimento.
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Que quereis dizer?
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Amo-vos.
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Nâo imaginais quanto.
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Recordai-vos apenas que fiz
sacrifícios muito piores...