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com isso, o soldado foi-se
e esperou um dia...
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dois dias, depois dez,
depois vinte.
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Todas as noites
a princesa olhava pela varanda...
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e ele não se movia!
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À chuva, com vento, com neve,
ele estava sempre lá.
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Pássaros poisavam na sua cabeça,
abelhas rodeavam-no...
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mas ele não se movia.
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Ao fim...
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de 90 dias...
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ele tinha ficado...
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todo seco, todo branco.
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Lágrimas corriam pelos seus olhos.
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Ele não as conseguia conter.
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Ele não tinha sequer
a força para dormir.
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E durante todo esse tempo,
a princesa olhou por ele.
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Por fim chegou a 99ª noite...
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e o soldado ergueu-se,
pegou na sua cadeira...
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e partiu.
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O quê? No fim?
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Mesmo no fim.
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E não me perguntes o que isso quer dizer.
Eu não sei.
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Se compreenderes,
diz-me.
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Só uma cópia?
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Tu sabes que preciso de duas.
Uma para o Paradiso...
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outra para a próxima cidade.
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Tu prometeste. Eu coloquei os cartazes,
fiz compromissos!
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Se me lixares nisto, tem cuidado!
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Uma cópia para dois cinemas!
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Vais pagar por isto!
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Eu sou de Nápoles,
Vais ver o que isso é e morrer!