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- És doido? Que estás a fazer?
- Tenho de Ihes impedir a rotação.
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- Mas que raio?
- Que está a fazer?
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Abranda! Está a parar a hélice!
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Vamos cair!
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Se tens um cinto, põe-no.
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E mete a cabeça entre os joelhos.
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- Que faço agora?
- Diz adeus à vida.
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Não temos rodas e vamos aterrar.
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Não quero morrer!
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Estamos mortos?
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Não.
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Mas estaremos, se não sairmos daqui.
Isto não pode fazer bem a ninguém.
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Ajuda-me.
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Segura-te.
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Vamos. Isto ainda pode rebentar.
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Passaram-se cinco anos. Não perdi o jeito.
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É como andar de bicicleta.
Nunca se esquece.
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Não aguento mais.
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Vou para a estrada pedir boleia.
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Não quero saber
se nos apanham e morremos.
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Preciso de comida. Preciso de um banho.
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Preciso duma cama.
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Preciso duma massagem.