Cyrano de Bergerac
anterior.
apresentar.
marcadores.
seguinte.

:09:14
“Feliz quem longe das cortes,
:09:19
estando num lugar solitário,
:09:23
obriga-se a si próprio
a um exílio voluntário,

:09:27
que, assim que Zéfiro
soprou as florestas...”

:09:31
Patife, não te proibi
durante um mês?

:09:35
O quê? Quem é?
:09:37
- É ele!
- Ganhei!

:09:38
Rei dos farsantes!
Fora do palco imediatamente!

:09:40
- Senhor...
- Tu desobedeces?

:09:42
Não tenhais receio.
:09:45
“Feliz quem longe das cortes,
estando num lugar sol...”

:09:49
Então! Será preciso fazer-te,
Monarca dos idiotas,

:09:52
uma plantação de pau
sobre os ombros?

:09:57
- “Feliz quem...”
- Desaparece!

:10:00
“Feliz quem longe das cortes...”
:10:03
Vou zangar-me!
:10:09
- Ajudai-me, senhores!
- Mas continue, então!

:10:12
Seu gordo,
se continuas a representar,

:10:14
sou obrigado a partir-te
a cara!

:10:15
Basta!
:10:16
Ou os marqueses se calam
nos seus assentos,

:10:18
ou eu lhes viro os galões
com a minha bengala!

:10:21
- Já basta! Montfleury...
- Ou Montfleury sai...

:10:23
ou eu lhe corto as orelhas
e lhe faço sair as tripas!

:10:26
Ordeno que saia!
:10:27
- Mas, senhor...
- Ainda não saiu?

:10:29
Bom! Vou subir ao palco e,
como num bufete,

:10:32
cortar às fatias
esta mortadela de Itália!

:10:37
Ao insultar-me, Senhor,
vós insultais Thalie.

:10:42
Montfleury! Montfleury!
Fora daqui, Cyrano.

:10:46
Peço-vos, por favor, tende
piedade da minha bainha.

:10:49
Se continuais, ela vai
oferecer-vos a lâmina!

:10:51
Tu, sai do palco.
:10:54
Então? Alguém reclama?

anterior.
seguinte.