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que ele pertence precisamente
ao vosso regimento.
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Pois é cadete
na vossa companhia!
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Tem espírito, génio
na sua cabeça.
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É altivo, nobre, jovem,
intrépido, belo...
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Belo!
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Que tendes?
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Eu, nada...
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É este dói-dói.
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- Já falaram um com o outro?
- Nunca.
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- Ele é cadete?
- Cadete nos guardas, sim.
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Sabeis o nome dele?
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É o barão Christian
de Neuvillette.
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Como?
Não está nos cadetes.
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Está sim, desde esta manhã!
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Acabei os bolos,
senhor de Bergerac!
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Pois tratai de ler os versos
impressos no saco!
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Minha pobre pequena,
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vós que não amais senão
a bela linguagem,
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e se ele fosse um profano,
um selvagem?
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Não, todas as palavras que ele
diz são finas, adivinho-o!
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Sim, todas as palavras são finas
quando o bigode é fino.
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E se fosse um idiota?...
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Pois bem, morreria logo!
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Vós marcastes este encontro
para me dizeres isso?
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Não estou a ver muito bem
a utilidade, senhora.
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Não, ouvi-me!
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Alguém me trouxe a morte
da alma ao dizer-me
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que todos vós sois gascões
na vossa companhia...
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E que provocamos todos os fedelhos
que estão lá por favor?...
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Sim, tenho muito medo
por ele!
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- Não sem razão!
- Mas imaginei,
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ao ver-vos ontem a fazer frente
àqueles brutos,
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vós, invencível e grande,
tal como sempre fostes,
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imaginei: basta ele querer,
e todos recearão...
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Está bem, defenderei
o vosso barãozinho.
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É mesmo verdade
que mo ireis defender?
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Sempre tive por vós
uma amizade tão terna!
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- Sereis seu amigo?
- Sê-lo-ei.
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E jamais ele terá
de se defrontar em duelo?
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Está jurado.
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Gosto muito de vós...
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Tenho de me ir embora.
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Mas não me haveis contado
a batalha da outra noite.