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Mas quem será que me envia
uma carta à meia-noite?
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Só pode tratar-se
de uma santa razão!
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Foi um digno senhor que...
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- É de Guiche!
- Ele atreve-se?
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O meu regimento vai partir.
Não sigo as vossas ordens.
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Fiquei para permanecer convosco
esta noite.
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Entro muito secretamente,
esperai-me...
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Espero que os vossos lábios
que ora me sorri...
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Meu padre! Eis o que diz
esta carta. Escutai!
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Menina. É preciso obedecer
à vontade do Cardeal,
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por mais duro que isso
vos pareça,
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razão pela qual escolhi,
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para levar estas linhas até
às vossas encantadoras mãos,
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um muito santo, um muito inteligente
e discreto capuchinho.
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Queremos que ele vos dê,
e em vossa casa,
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a bênção nupcial,
no mesmo instante...
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- Casar-vos! Com quem?
- ... e imediatamente!
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Como?
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Cala-te!
Bem vês que ela inventa!
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Christian deve secretamente
tornar-se vosso esposo; envio-vos.
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Ele não vos agrada.
Tendes de vos resignar.
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Coragem, minha menina!
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Estava eu com medo!
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Só podia tratar-se
de uma coisa santa!
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É horrível!
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- Sois vós?
- Não, é ele!
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Mas, o castigo não é assim
tão repugnante.
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Estará ele certo?
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Post-Scriptum: Dai para
o convento cento e vinte moedas.
1:18:08
Digno, digno senhor!
Resignai-vos!
1:18:10
Resigno!
1:18:12
É preciso que nos unamos,
senhor, sem resistência.
1:18:15
Era o vosso desejo?...
1:18:17
Sim, ou não?
1:18:18
Sim, penso que sim.
Vamos, despachai-vos!
1:18:20
De Guiche está a chegar!
1:18:22
A vós, dou-vos um quarto
de hora para os casar!
1:18:39
Tu serás minhas testemunha!
Levanta-te! Acorda!
1:18:41
- Testemunha?
- Levanta-te.
1:18:43
Testemunha de quê?