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Não, não é nos ouvidos...
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Em Paris, Richelieu come
quatro refeições!
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- Devia enviar-te perdiz?
- Por que não?
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- Eu preferia vitela!
- Guisado de borrego!
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- Vaca estufada!
- Um chouriço de cebolada!
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- Fígado de pato!
- Feijões!
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Com toucinho assado
e um molho de cogumelos!
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- Tenho fome!
- Mas só pensais em comer?!
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Tira para fora a flauta,
Bertrandou, velho pastor,
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toca uma canção da nossa terra,
como tu sabes,
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só para mim, uma canção cuja
música parece ser em dialecto.
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Escutai, Gascões...
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Já não se trata,
entre os seus dedos,
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da flauta dos campos,
é a flauta dos bosques!
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Já não é o apito de combate,
nos seus lábios,
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é a lenta toada
dos nossos pastores de cabras!
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Escutai...
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É o vale, a charneca,
a floresta.
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O pastorzinho moreno
com o seu gorro vermelho,
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é a verde doçura das noites
na Dordonha...
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Escutai, Gascões...
1:30:29
É toda a Gasconha!
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Vais fazê-los chorar!
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De nostalgia!
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Um mal mais nobre que a fome!
Não físico, moral!
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- Vais fragilizá-los...
- Vamos, então!