:25:08
Fiz chá.
:25:11
- Quer que o sirva?
- Sim, faz favor.
:25:19
- Espero que não me ache atiradiça.
- Não, mesmo nada.
:25:24
- Porquê?
- Uma rapariga que o convida.
:25:27
Há quem considere isso
muito atrevido.
:25:31
- Para dizer a verdade...
- Obrigada pelo que fez esta manhã.
:25:35
- Obrigada porquê?
- Salvou a encomenda, nas escadas.
:25:41
Fiquei comovida com a sua preocupação.
:25:46
Não tem de quê.
:25:50
Ao contrário. As pessoas agora
só pensam em si próprias.
:26:08
É só porque não têm nada.
No fundo, são boas pessoas.
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Felizmente gostam
de mim, são simpáticas.
:26:20
Também me dou bem com o seu pai.
Ele diz bem de mim, não diz?
:26:26
- Porque não experimenta este queijo?
- É novo.
:26:29
- E prático.
- Falam-me de si.
:26:34
- Quem?
- As vozes na minha cabeça.
:26:37
Ah, claro. As vozes...
E que dizem?
:26:43
Espere, a ver se me lembro...
:26:48
- É antes a linguagem que usam.
- Falam de amor?
:26:54
Ai, não.
:26:57
O Robert é um tarado, um brejeiro,
um ordinário, está a ver?