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Partiram as janelas todas com as
armas, antes de se irem embora,
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e foram-se na noite
tão depressa como vieram.
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O meu pai não
era um negro medroso
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como muitos eram e ainda são.
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Tinha mais de 1 metro e 90
e era muito forte.
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Acreditava, como Marcus Garvey,
que a liberdade e a independência
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nunca seriam conseguidas
pelos negros da América.
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...com o objectivo
de construírem para eles
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uma grande nação em África!
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Portanto, os negros deviam
deixar a América
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e voltar à terra deles.
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O meu pai dedicou a vida
às ideias dele,
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porque quatro dos seis irmãos
tiveram morte violenta:
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Três mortos por brancos
e o outro linchado.
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Nós éramos 9 filhos.
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A minha mãe era uma mulher
altiva, educada e forte.
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Tinha a pele clara,
porque a mãe
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fora violada por um branco.
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Casou-se com o meu pai
porque ele era muito preto.
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Detestava a cor que tinha
e queria ter filhos de cor.
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Na altura, acho que isso pesou
muito em mim
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e em muitos negros de hoje.
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Por tantas das nossas irmãs
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terem sido violadas por brancos
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os negros sonham apanhar
o bem mais valioso do branco:
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A mulher branca.
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A África para os africanos!
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Digam Roseland.
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É tempo de espectáculo!