:50:00
- Não sei o que tentava provar.
- Contas isso á minha frente?
:50:04
- Tem calma.
- Tenho um estômago fraco.
:50:06
- Estavas a falar da peça...
- Não me interrompas.
:50:08
Que dizias sobre a Sylvia?
:50:10
Se a médica sente
o mesmo que a Sylvia...
:50:14
identifica-se mais com a paciente?
:50:17
Isso, e assim já faz sentido
ela ter ciúmes.
:50:22
E porque não puseste na peça
a discussão do tenente com a médica?
:50:27
Isso é dar á história uma direcção
completamente diferente...
:50:33
Pensa nisso.
:50:35
Como saberia o público
que a Sylvia se sente culpada?
:50:39
Não sei, espera...
:50:42
E se arranjasses maneira
de ouvirmos o que ela pensa?
:50:46
Pô-la a pensar alto?
:50:48
Porque não? É uma peça,
não a sério. E dá-lhe força.
:50:52
Pensa na ideia.
:50:54
- E tu, não me interrompas mais.
- Desculpa.
:51:00
Que tinhas tanto para conversar
com o bandido do Valenti?
:51:04
Só fui agradecer-lhe
as ideias que teve.
:51:06
Quais ideias? Ele não fez só
aquela sugestão?
:51:11
Então, gostaste da carteira?
:51:14
- Da carteira...
- Claro, achei linda.
:51:17
Adorei, sempre gostei imenso
de couro de imitação.
:51:21
Estás com uma piela...
:51:24
- Parabéns.
- Obrigado.
:51:29
24 de Setembro.
Dei ao elenco as novas cenas
:51:32
e todos pareceram encantados.
:51:34
Isto é brilhante!
:51:37
Agora a Sylvia é menos passiva!
:51:39
Usa artimanhas para caçar o tenente
e por isso se sente tão culpada!
:51:42
Agora há uma motivação
para tudo. Fantástico.
:51:45
Tenho de decorar falas novas?
:51:47
Estão uma maravilha. Onde foste
buscar estas alterações divinas?
:51:51
- Não são propriamente minhas...
- Então são de quem, de Deus?
:51:56
Até certo ponto são minhas, mas...
:51:58
Essa modéstia só te fica bem,
mas tu tens imenso talento.