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''Experiência teatral única.''
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''Uma obra de arte do mais alto nível.''
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''Um dos grandes momentos da vida
deste crítico deu-se no 3ºAçto,
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''quando o tenente volta
para falar com a amante.
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''Ouvem-se tiros que se vão
tornando cada vez mais próximos
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''e que põem o passado militar
e tendências violentas do tenente
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''em ousado bas-relief.
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''O autor-encenador David Shayne
é a descoberta da década.''
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- Onde está o David?
- Não sei, pensei que estivesse cá.
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Flender!
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Flender, açorda!
Sou eu, David Shayne!
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Quero falar contigo.
Por favor, Flender!
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Olha quem ele é,
o menino bonito da Broadway!
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Eu não escrevo êxitos,
as minhas peças são arte,
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escritas propositadamente
para ninguém as produzir.
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- A Ellen está aí?
- Não!
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Eu acho que está.
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Parabéns pelo teu sucesso,
eu sempre acreditei em ti.
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Pois enganavas-te...
Quero fazer-te uma pergunta.
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Amavas em mim o artista ou o homem?
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Os dois.
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E se não fosse realmente artista?
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Podia amar um homem que
não fosse realmente artista,
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mas nunca um artista que
não fosse realmente homem.
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Isso é tudo académico!
Ela agora está comigo.
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Queres mesmo ficar com o Flender?
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É um amante fantástico.
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Eu dormi com o Flender.
E ele era apenas normal.
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Rita, por favor!
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Rita, isso foi há séculos,
no teu período de amor-livre!
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Acho que depende da relação.
Para mim, é fantástico.
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Que interessante... Referes-te
á parte mecânica, ou quê?
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Tem uma técnica prodigiosa.
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- Estás a confundir sexo com amor!
- Não, para mim o amor é profundo.
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E o sexo é questão de uns centímetros.
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O que interessa aqui é ser capaz
de dar prazer várias vezes ao dia.