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- Deixa estar.
- Não, se há problemas,
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tenho de os enfrentar.
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Olá.
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- Olá! Estás encharcada. Entra.
- Não, estou bem.
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Chega a um ponto em que já não
se pode ficar mais encharcada.
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- Então saio eu.
- Não, não saias...
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Queria só ver se estavas bem.
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Que não te estavas a matar
ou coisa assim...
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Mas estás bem, portanto...
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Não devia ter ido à igreja.
Desculpa.
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Não!
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Espera. A culpa foi toda minha.
Eu é que fui sacana.
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E concluíu-se uma coisa.
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Eu e o casamento não fomos
feitos um para o outro.
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E concluíu-se outra coisa.
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Ali estava eu, na igreja,
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e pela primeira vez na vida
percebi que
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amava totalmente e completamente
uma pessoa.
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E que não era a que estava
a meu lado, de véu.
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É a que está aqui comigo agora
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à chuva.
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Ainda chove? Nem tinha reparado.
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A verdade é que te amei desde
o primeiro instante em que te vi.
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- Não te vais outra vez embora?
- Ainda me afogo na chuva, mas não vou.
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Bem, então vamos para dentro.
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Mas primeiro deixa-me
perguntar uma coisa.
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Achas que, depois de nos secarmos,
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depois de passarmos montes de tempo
juntos, aceitarias
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não casar comigo?
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E achas que
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não ser casada comigo seria uma
coisa que considerarias