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- Acerca de quê?
- Acaba lá com as tretas.
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Eu, tu, o Victor, sabemos muito bem
quem matou o Darryl Adams.
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- Quem foi?
- Quem julgas tu que foi?
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- Não sei, diga-me.
- Tu!
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- Eu?
- Tu, meu sacana. Foste tu.
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Ambos o sabemos!
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- E o teu irmão também sabe.
- Merdas.
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Pensaste que se o Victor
alegasse legítima defesa
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se safava por não ter cadastro?
A vida dele acabou!
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Eu sei que a vida é dura
para vocês pretos
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com tanto racismo, desemprego,
e famílias de pais solteiros...
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- Que se foda.
- Não me faças gestos.
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Tem mais respeitinho.
Julgas-te o mau da fita!
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Não passas dum rasca, frio e cruel
preto da tanga...
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- ..como nunca vi.
- De que é que fala?
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Que fizeste?
Ofereceste-lhe dinheiro?
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Quem pensas que és? Não és a Mafia.
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Não és sequer o Rodney Little!
És um cabrão dum preto magricelas.
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Achas-te grande coisa, mas não passas
dum merdoso calculista.
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Não sabe nada de mim.
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É só um bófia racista
que odeia pretos.
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Não sabe dos nossos problemas,
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e não sabe um caralho...
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- Não me apontes o dedo!
- do que se passa.
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Não te atrevas a apontar-me o dedo!
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Que se passa? O que é que eu não sei?
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Não digo nada sem um advogado.
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Ouve. Falei...olha para mim.
Tenho uma coisa boa a dizer.
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Falei com conhece o teu irmão.
Éum tipo decente.
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E ilude-se, decentemente,
que está a fazer uma coisa nobre.
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Vocês julgam que sou anjinho?
Estão a usar-me?
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Deixe-se lá dessa merda.
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Leio-vos
como um livro aos quadradinhos!
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Conheço o teu cérebro de ervilha
desde que nasceste.
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20 anos! Não me dás a volta,
eu é que ta dou a ti!
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Foda-se!
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Rocco, não podes fazer isto
em frente da nossa casa.
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Compreendes? Não fica bem.