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Até à vista. Vê se te descontrais,
aí especado com ar de mauzão.
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Põe-te a andar, aldrabão!
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- De certeza que é aqui?
- É, pois.
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Ao fundo do corredor, à direita.
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Se tivesse vindo um minuto antes,
tinha-me apanhado a fazer feitic ç os
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à poci/ga do apartamento do Ju/ius,
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mas ao e/a chegar
já aqui/o estava razoáve/,
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modéstia à parte.
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Peço perdão pelo resto do edifício,
adquiri-o há pouco.
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- Isto é incrível.
- Não, você é que é. Está fabulosa.
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Obrigada.
Não me aperalto com frequência.
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Isso tem que mudar.
Aprecia vinho tinto?
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- Sim. Não bebo outro.
- Deveras? Partilhamos os gostos.
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Van Gogh.
O meu pintor favorito.
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Olhe mais de perto.
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É genuíno?
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Sim. É o meu favorito, também,
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assolado por visões
que mais ninguém entendia.
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É estranho como a obra dele me atrai.
É uma espécie de escape.
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Sei a que se refere.
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- É belo.
- Sim, é.
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À beleza... da noite.
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Aqui mesmo, e é toda tua.
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- Vá-se embora!
- Polícia.
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Só quero fazer umas perguntas,
minha senhora.
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Que está a tentar fazer?
Partir-me a porta?