1:40:04
Agora, poderia Aaron Stampler...
1:40:07
...estar presente no homicídio
do arcebispo Rushman...
1:40:11
- ...e não se lembrar?
- Sim, ele poderia.
1:40:14
Pode explicar-nos, por favor?
1:40:16
O estado de Stampler era tal que
o seu corpo estaria presente no crime...
1:40:21
...mas a sua mente seria
incapaz de recordá-lo.
1:40:23
- Como será isso possível?
- Esse mecanismo neurológico...
1:40:27
...começou com o abuso
sofrido nas mãos do seu pai.
1:40:31
Como defesa, a psique do Aaron
dividiu-se em duas personalidades.
1:40:36
- Meritíssima.
- Não fui eu que falei. Não fui eu...
1:40:39
Já foi avisado duas vezes.
Quer continuar nesta rota?
1:40:42
Sugiro que pense muito bem
antes de responder.
1:40:48
Meritíssima, uma última pergunta.
1:40:55
Muito bem, Dra. Arrington...
1:40:59
...na sua opinião, o Aaron Stampler
é capaz de matar?
1:41:04
Não, ele foi traumatizado demais
para expressar a sua raiva e frustração.
1:41:08
Ele mantém as emoções
reprimidas...
1:41:10
...motivo pelo qual
ele criou o Roy, que é capaz...
1:41:12
- Protesto.
- Já chega, Sr. Vail.
1:41:15
O júri ignorará a última declaração
da testemunha, e o tribunal também.
1:41:19
- Promotora, quer inquirir?
- Sem margem de dúvida que sim!
1:41:24
Já que tocou no assunto contra
as instruções do tribunal...
1:41:28
...a síndrome da múltipla personalidade
é a sua principal especialidade?
1:41:33
Não é a minha especialidade.
1:41:34
O seu primeiro campo de estudo
é psiquiatria criminal?
1:41:38
- Não, sou neuropsicóloga.
- Entendo.
1:41:41
Então não tem uma experiência criminal
e é mais como uma académica?
1:41:49
Então, perdoe-me esta
pergunta bastante académica.
1:41:52
Estou a conduzir e alguém
bate contra o meu carro.
1:41:56
Então eu penso: "Quem me dera matar
aquele gajo", mas eu não mato, certo?
1:41:59
- Espero que não.
- Exactamente.