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Estas coisas acontecem connosco.
As pessoas ofendem-nos.
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Mas nem todos inventam psicopatas
para fazer o trabalho sujo, não é?
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Não estou a sugerir que a senhora
tenha múltiplas personalidades.
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- Mas disse que o Sr. Stampler tem.
- Eu já sei, nós ouvimos.
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Também disse que conheceu esse...
Como é mesmo o nome dele?
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- Roy.
- Roy quê?
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- Ele não disse o apelido.
- Pois...
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Esse tal Roy disse-lhe que
assassinou o arcebispo?
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O Sr. Vail estava com ele,
eu estava do lado de fora...
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...mas, pouco depois, entrei na sala
e vi tanto o Roy...
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...quando se deu a sua transformação
de volta em Aaron.
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E a senhora tem a cassete
dessa aparição do Aaron...?
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Ah, desculpe.
Não consigo acostumar-me ao nome.
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- Roy.
- Tem a cassete?
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- Não, a câmera estava desligada.
- Desligada?
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Não tem nenhum registo
dessa aparição.
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- Não.
- Não.
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- O Aaron sabe distinguir o certo do errado?
- Sabe, sim.
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- Se o Aaron torturou o arcebispo...
- Protesto.
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Se o Aaron matou
o arcebispo...
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- ...ele saberia que tinha violado a lei?
- Saberia, sim. Mas não foi o Aaron...
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Ora, eu sei, doutora.
Foi o Roy.
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É tudo.
Não tenho mais perguntas, meritíssima.
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A testemunha pode descer.
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Se quiser reabrir o caso e chamar
os psiquiatras da promotoria...
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- ...eu certamente concordaria.
- Não, eu...
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Não creio que seja necessário.
Todos percebemos o que aconteceu.
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Sr. Vail, está pronto para continuar?
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Quer um intervalo?