:08:01
Acreditas em Deus?
:08:03
O que lhe interessa isso.
:08:05
É só uma pergunta.
:08:08
Se não quiseres,
não respondas.
:08:11
Não acredito em Deus.
:08:13
Então como explicas
o que se passou?
:08:16
O quê?
:08:18
A tua cara.
:08:20
Para isso não
há explicação.
:08:22
-Eu acho que há.
-Você acha que sou louco.
:08:26
Só acredito no que vejo.
:08:28
E ainda não me deixaste
ver a tua cara.
:08:31
E não deixarei.
:08:33
Pensas mesmo que
és um monstro, César?
:08:36
Vá lá, deixa-me ver.
:08:38
Mete-me essa mão pelo
teu cu a dentro!
:08:40
Vamos lá a ter calma!
Estou a ficar farto dessas histórias
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Deixem-me em paz!
:08:44
Eu parto-te todo!
:08:46
Deixem-me em paz!
:08:47
Não posso trabalhar consigo
aqui dentro. Deixe-nos a sós.
:08:50
Eu assumo a responsabilidade.
:08:55
És um menino do papá,
que...
:08:57
Os meus pais estão mortos!
O caralho!
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E agora inventas histórias
Para não admitires o que fizeste.
:09:11
É verdade?
:09:14
O quê?
:09:16
Que és um menino do papá.
:09:20
O meu pai tinha uma cadeia de
restaurantes. Não tenho culpa.
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Quando morreram os teus pais?
:09:28
-Há 15 anos atrás,...
:09:29
...num acidente.
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-E agora estás rico.
-É o que dizem.
:09:36
Então não entendo porque
não queres um advogado?
:09:40
Disseram que me arranjavam
o melhor.
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Mas querem é que fique
aqui para sempre.
:09:44
E quem são eles?
:09:45
Os meus sócios. Têm-me
chupado o sangue desde miúdo.
:09:50
Agora ficaram com tudo.
Deram-me como incapacitado.
:09:54
Não foram eles.
Fui eu.
:09:57
Vai dar ao mesmo.