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Isso não lhe interessa.
Você quer viver a sua vida agora.
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Muito bem.
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Você morre, nós congelamo-lo,...
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...e quando o
pudermos ressuscitar,...
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...pomo-lo a viver...
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...um sonho.
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Um sonho?
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Tornaremos tudo real.
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A sua família e amigos,
a sua cidade,...
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...o mundo, até este escritório.
Mas será uma realidade virtual.
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E mais, faremos com que
se esqueça de que morreu,...
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...e que assinaste
este contracto.
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-Como?
-Muito simples.
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Apagamos isso da sua memória.
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Viverá a sua vida linearmente,
como se nada tivesse passado.
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E o melhor de tudo, é que
viverá como queira, como deseja.
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Você é que decidiria sempre.
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Mas...
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E se houvesse erros?
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E se o sonho se
transformasse num pesadelo?
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Bem, o subconsciente poderia
sempre pregar partidas.
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Mas não somos charlatães,
somos uma empresa séria.
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E a tecnologia da realidade
virtual avança a olhos vistos.
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Olhe.
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Vou ser honesto.
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Assina a cláusula 14
é como entrar no paraíso.
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É difícil de entender.
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Mas também se riram
de Júlio Verne.
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Peço desculpa.
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-Onde vais tão depressa?
-à casa-de-banho.
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-Bem, não vás tão depressa.
-Eu vou com ele.
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Está-se a sentir mal,
não se preocupe.
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César, acalma-te, por favor.
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Isto é um sonho.
É a única explicação.
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O que ele disse é impossível.
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No século XX,
mas talvez não no século XXX!
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-Não estamos no séc. XXX, estamos em 1997.
-Isso é o que parece.
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-Paguei para que assim fosse.
-Ouve!
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Isto é um sonho...
Olha para mim!
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Se isto é um sonho, significa
que não tenho vida própria!
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Só existe na minha cabeça.
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Não!
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-César, sou real.
-E como é que eu sei isso?