:08:13
Os mortos recordarão
a nossa indiferença.
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Os mortos recordarão
o nosso silêncio.
:08:21
Vim hoje aqui para ser felicitado.
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Mas ao visitar os campos
da Cruz Vermelha
:08:28
inundados por milhares
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de fugitivos ao terror
do Cazaquistão
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vi que não mereço ser felicitado.
Nem ninguém.
:08:40
- Que está ele a dizer?
- É o discurso errado.
:08:44
A verdade é que agimos
tarde demais.
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E só agimos quando a nossa segurança
nacional estava em perigo.
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Radek matou mais de 200 mil
homens, mulheres e crianças.
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E nós vimos tudo na TV.
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Deixámos que acontecesse.
A chacina durou mais de um ano.
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Aplicámos sanções económicas
:09:13
e escudámo-nos atrás da diplomacia.
Como nos atrevemos?
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Os mortos recordam.
Paz real
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não significa ausência de conflito,
é presença de justiça.
:09:30
Prometo mudar a política
da América.
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Nunca mais permitirei
que os nossos interesses políticos
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nos impeçam de agirmos
de acordo com a moral.
:09:45
O terror e a atrocidade
não são armas políticas.
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E quem as quiser usar
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terá os dias contados.
:09:57
Nunca negociaremos.