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Então,
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o meu plano é colocar algumas
perguntas simples aos jurados.
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As vossas respostas
a essas três perguntas
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determinarão
se o julgamento continua.
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Não discordo.
Só que não as compreendo.
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O que é que não percebe?
São perguntas directas.
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Os requerentes estabeleceram,
pela força das provas,
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que foram despejadas nestas terras
substâncias químicas contendo TCE,
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após 1 de Outubro 1964
e 27 de Agosto 1968, respectivamente,
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e que elas contribuíram
para contaminar a água?
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Que datas são essas?
Donde saíram? Tirou-as da cartola?
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Segunda pergunta.
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Quando, segundo a supremacia
do corpo de provas,
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foi a primeira vez
que estas substâncias químicas
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contribuíram substancialmente
para a contaminação dos poços?
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Como podem saber isso?
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Nem a Ciência sabe
quando é que os diluentes apareceram,
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e muito menos com a precisão
que está a exigir aos jurados.
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E finalmente, a terceira.
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Qual,
segundo a supremacia das provas,
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foi a primeira vez
citando, de novo, mês e ano,
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que a contribuição
substancial mencionada atrás
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foi causada, se é que o foi,
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pelas acções negligentes
dos apelados?
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Parece que foi traduzido
para Japonês, e depois para lnglês!
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Já chega.
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Meritíssimo, ninguém consegue
responder a estas perguntas.
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Está a exigir respostas impossíveis.
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Basta!
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Quer que ficção
passe por realidade sem sê-lo.
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BASTA!
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De novo lhes chamo à atenção que não
devem comentar o caso lá fora
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e dispenso-os...
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Não se preocupe.
Está tudo sob controlo.
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..e dispenso-os
para que passem a deliberar.