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Vem cá.
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Não te disse que nunca ficasses
em situação de dívida como ele?
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Disseste-me muitas coisas.
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Não ouves. Digo que jogues
dentro do que podes e arriscas tudo.
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Digo-te que não te excedas,
que recuperes e enforcas-te mais.
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Estava a dar-te um modo de vida.
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Mostrei-te como se faz,
ensinei-te como ganho.
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Neste momento não preciso
que me lembres a merda que fiz.
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Sei que estou lixado.
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O que preciso de ti é dinheiro.
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O que puderes dar-me.
- O problema é esse.
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Desta vez não há dinheiro.
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O que consegues com 2.000?
Um dia?
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Se tos dou, estou a desperdiçá-los.
- Isso é óptimo!
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A culpa é tua. Arriscaste tudo pela ideia
de um Campeonato em Las Vegas.
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Corri o risco.
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Vês todas as jogadas, mas não tens
os tomates para fazer uma.
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Tomates?
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PunY insignificante.
Não jogo pela excitação da vitória.
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Devo renda de casa, pensão alimentar,
sustento das crianças.
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Jogo por dinheiro.
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Os meus filhos comem.
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Tenho tomates suficientes
para não andar atras de excitação
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nem de vãs esperanças
de ganhar um campeonato.
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Queres que fale a umas pessoas,
que tente ganhar-te tempo? Faço isso.
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Um lugar para ficares, a carrinha,
não tenho problemas.
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Mas quanto a dinheiro, tenho
de fazer isto. Tenho de te dizer não.
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Não faz mal, eu compreendo.
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Escuta.
- O que é?
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Arrisquei tudo, é verdade.
E sabes uma coisa?
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Não foi uma má derrota.
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Não tive falta de sorte. Daquela vez
jogaram melhor do que eu.
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Mas sei que sou suficientemente bom
para me sentar naquela mesa.