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Ordenou que se escondesse
a tua identidade.
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No seu leito de morte,
ele contou a verdade ao Luís
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e à tua mãe.
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Tinham dito à Rainha
que tinhas morrido à nascença.
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Ela culpou-se
por ter acreditado.
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Quis restituir os teus direitos.
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Mas o Luís já era rei.
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Tinha medo de te matar,
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pois o seu direito ao poder
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dependia
da santidade do sangue real.
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Por isso concebeu uma maneira
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de te manter
escondido para sempre.
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Pelo meu país, pelo meu rei...
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Comprei a paz com a tua vida
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e a minha alma.
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Um dia... pedirei o teu perdão.
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Mas só quando te tiver devolvido
o que te pertence.
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Devolvido?
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Vamos substituir
o Luís pelo Filipe.
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É esse o vosso plano?
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Trocar um pelo outro?
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É ridículo!
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É genial.
Que pensavas que íamos fazer?
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Revolução, guerra aberta!
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Sangue nas ruas.
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Pelo menos varia.
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A semelhança física é um começo,
mas e a arrogância do Luís?
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Pode ser imitada!
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E as pessoas à sua volta?
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Pensei em tudo.
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Já pensaste que não só
arriscas as nossas vidas,
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como a do Filipe também?
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E como nós, ele tem escolha.
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E então, Filipe?
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Todos aqueles anos
na prisão foram em vão?
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Ou deram-te mais forças
que os homens normais?
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Tens hipótese de ser rei,
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se tiveres coragem
para aceitar o desafio.
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Tens coragem, Filipe?