:28:04
Aquele pássaro, por exemplo.
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A Annie deu-te um empurrão.
É como um corrimão onde te agarrares.
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Agora és tu que estás a criar
todo um mundo novo.
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A partir da tua imaginação, de quadros
que adoras, do que quiseres.
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Porque é que ele
não se mexe?
:28:18
Mexer-se-á quando tu o quiseres.
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Posso fazê-lo mergulhar?
:28:31
Tu é que és o pintor.
Este é o teu mundo!
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Olha para ele!
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E que tal umas asas azul-turquesa?
:28:44
E um nadinha de cor de malva!
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Eu não fiz aquilo.
:29:04
Não, fui eu.
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Quando estamos juntos, gera-se
uma espécie de controlo a dois.
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Posso pôr elefantes a voarem?
:29:12
A Annie não pintou uma casa
para vocês em qualquer lado?
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Sim. É a casa dos nossos sonhos.
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É um passeiozinho pela água.
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Vamos pelo atalho.
:29:33
- Lindo atalho!
- É fácil, Chris. Olha para mim.
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- Vou-me afogar!
- Não podes. Já estás morto.
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Eu estou mesmo aqui?
:29:44
O que queres dizer com "eu"?
Tu és o teu braço ou a tua perna?
:29:48
- Em parte.
- A sério?
:29:50
Se perdesses todos os teus membros,
continuavas a ser tu?
:29:53
Continuava a ser eu.
:29:55
O que é, então, o "eu"?
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- O meu cérebro, parece-me.
- O teu cérebro?
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O teu cérebro é uma parte do corpo,
como as tuas unhas ou o teu coração.