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Um deles.
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Vestido como um criado de mesa.
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- O seu pai também o viu?
- Näo.
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Eu sabia que o tipo tinha
algo de errado.
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Eram as calças. Demasiado boas
para um criado de mesa.
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Veio até à mesa.
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Observei-o sempre.
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Disse alguma coisa?
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O pai estava furioso, furioso
comigo. Näo podia dizer nada.
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E você estava zangado com ele.
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E depois que aconteceu?
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Nunca vi o segundo tipo.
A minha mäe começou a gritar.
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E culpa-se a si próprio.
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Podia tê-lo salvo.
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Mas estava zangado com ele.
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Devia ter dito qualquer coisa.
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Näo conseguia salvá-lo, Paul.
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Matei-o.
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Näo o matou nada, Paul.
Nada disso.
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Estava zangado, mas näo o matou.
Foi a vida que ele escolheu.
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Eu deixei-o morrer!
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Eu deixei-o morrer!
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Eu deixei-o morrer
e nem sequer me despedi dele!
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Por que näo se despede agora, Paul?
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Se estivesse aqui,
o que é que lhe diria?
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- Näo consigo.
- Claro que consegue.
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- Diga-lhe, Paul.
- Näo consigo.
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Näo, näo consigo.
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Diga-lhe, Paul.
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Quero dizer que estou muito. . .
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Pai, desculpe.
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Desculpe.
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Desculpe, pai.
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Desculpe, deixei-o morrer.
1:09:39
Desculpe, pai.
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Credo!
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O pobre está a ir-se abaixo.
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Por que näo o matamos já?
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É embaraçoso ficarmos aqui assim.
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Cala-te.