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como o pianista Rubén González,
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quem considero um dos três maiores
pianistas de todos os tempos.
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Gente como o Ibrahim Ferrer, um dos
grandes cantores cubanos de sempre,
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que, lamentavelmente, estava
esquecido havia mais de 10 anos,
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e também pessoas como Puntillitta,
Pio Leiba, Compay segundo ,
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Eliades Ochoa e Raúl Planas.
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Considero que o resultado artístico
deste álbum,
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do Buena Vista Social Club
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tem uma enorme repercussão,
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porque o que está a acontecer com
a música cubana é o princípio do fim
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do isolamento da música cubana
no grande mercado internacional;
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isolamento que, por motivos políticos,
que muitos conhecemos,
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começou no início dos anos 60,
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depois da ruptura das relações
económicas e culturais
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entre os EUA e Cuba.
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Penso que começa agora
um novo período,
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período esse que é fundamental
para a música cubana
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e que, finalmente, teremos a
possibilidade de recuperar o estatuto
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dentro do mercado da música tropical
que sempre tivemos.
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sinto-me muito satisfeito
por ter trabalhado neste projecto,
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e não só nele,
porque agora tudo está a crescer.
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O que foi uma ideia surgida
num escritório,
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repercute-se agora na criação
de cada vez mais música.
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Neste momento estou a trabalhar
no disco de Ibrahim Ferrer,
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no qual Ry também participa.
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Acho que o disco do Ibrahim Ferrer
vai ser um êxito
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e vamos tentar criar...
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... um som também híbrido,
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mas com formato que lembre
o som dos anos 50.