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Já encontrei a que me fazia
e eIa espera-me, em MeIiIIa.
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Quanto devo?
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Um décimo, para Sábado?
Eu dou-Ihe sorte.
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Termina em 21,
o dia em que nos casámos.
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Tu vês?
- Vejo o quê?
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É um sinaI. Estamos sempre a rece-
bê-Ios, só que não os sabemos ver.
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A recebê-Ios de quem?
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Dê-me um.
- Obrigas-me a comprartambém...
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Safo-te numa condição.
- Tomatambém o meu.
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A partir dessa data passei mais
tempo com as putas que com os meus.
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Como caIcuIarão,
o dinheiro foi-se num instante.
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Tive de vender maI o negócio,
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um negócio que tinha resistido
a imensas crises...
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Dormiste bem?
- Não preguei oIho.
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Também eu não.
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Encontraste o carro?
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Agora a minha famíIia
põs-me na rua.
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Os meus fiIhos e netos têm ver-
gonha de mim, vivo numa pensão,
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trabaIho no que caIha, cobrando
facturas, fazendo recados...
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E maI junto aIgum dinheiro,
voIto ao cIube.
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EIas recebem-me sempre
de braços abertos.
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Não sei porquê
mas aquiIo excitou-me.
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E não por de repente descobrir
que gostava de homens;
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o que reaImente me excitou
foi ser o irmão da minha noiva,
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estarmos no quarto deIe
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e que aIguém da famíIia
pudesse entrar e apanhar-nos.
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Em abono deIe devo dizer
que não me seduziu...
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Também não se negou,
mas fui eu quem o comeu.