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Em oito minutos, todo o meu
briIhante futuro se esfumou.
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Não houve casamento,
mas não me arrependi;
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acabava de descobrir
um novo prazer
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e de me tornar no que, por piada,
chamo de terrorista sexuaI.
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A primeira vez
foi no meu taIho.
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Tinha esquecido a carne picada
para o meu cão.
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OtaIhante casava no dia seguinte
e já ia fechar.
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Pediu-me a opinião,
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tinha o fato nas traseiras
mas não se decidia peIa gravata.
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Se uma era feia,
a outra era medonha.
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EscoIhi a primeira e pediu-me
para o ajudar a fazer o nó.
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Vi o perigo, mas não recuei;
peIo contrário, concentrei-me.
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E quando já fazia o segundo nó,
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começou a apaIpar-me o rabo
por baixo da saia.
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Reagi apertando
com força de mais;
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não só tinha um pescoço de touro
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como percebi que
eIe estava a gostar.
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Tudo cheirava a carne crua,
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a Ioja, o fato, eIe...
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Comeu-me três vezes sem tirar,
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mas sem obter de mim um não,
um sim, nem sequer um gemido,
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nada que pudesse recordar
durante a Iua-de-meI em Cancún.
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Nunca vi um homem tão triste,
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nem tão arrependido...
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Gostei de o ver assim.
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Tanto que é o que procuro
em todos os homens que encontro.
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A princípio sentia prazer
mas agora, não.
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De repente, não.
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O probIema é não saber
se vou ser capaz de mudar.