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Tínhamos uma mala igual?
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O sujeito inteligente?
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Oh, sIm. Exactamente.
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Liguei há bocado. Ninguém atendeu.
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- Estou numa cabIne.
- SIm, vI que era um 69. Eu nunca atendo.
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Então que aconteceu?
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Bem.
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Não vai acreditar.
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Sabe, podia ser pior.
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Uma mulher podia ter-lhe cortado o pénis
durante a noite e deitá-lo fora.
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Há sempre essa possibilidade. Não sei.
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Quando se compra mobília,
dizemos a nós próprios, acabou.
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É o último sofá de que vou precisar.
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O que quer que aconteça,
o problema do sofá fica resolvido.
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Tinha tudo.
Uma aparelhagem que era bastante boa.
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Um guarda-fatos razoável.
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Estava perto da perfeição.
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- Merda. Agora foi-se tudo.
- Tudo.
:28:57
Tudo.
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Sabe o que é um edredão?
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- Um acolchoado.
- É um cobertor.
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Apenas um cobertor. Porque é que
nós sabemos o que é um edredão?
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Será isto essencial à sobrevivência
no sentido de caçador-recolector?
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Não.
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Que somos nós, então?
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Não sei. Consumidores.
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Certo. Somos consumidores.
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Somos subprodutos de uma obsessão
com o estilo de vida.
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Homicídio, crime, pobreza.
Estas coisas não me preocupam.
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O que me preocupa são
as revistas de celebridades,
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a televisão com 500 canais,
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o nome de um gajo nas cuecas. Rogaine.
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Viagra. Olestra.
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- Martha Stewart.
- Que se foda Martha Stewart.
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Está a polir latão no Titanic.
Vai tudo por água abaixo.
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Que se lixem os seus sofás e
padrões de listas verdes Strinne.
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Digo nunca se deve estar completo.
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Digo-lhe para parar de ser perfeito.
:29:54
Digo vamos para a frente.
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O futuro a Deus pertence.